Sir Rick Wakeman… Muito obrigado!!!

BeFunky_null_3.jpgNo meio do show do Rick, no Teatro Bradesco, em Sampa, passou aquele filme dos últimos 38 anos da minha história com o áudio. Me lembro como se fosse hoje do concerto “Journey To The Centre Of The Earth” no Ginásio da Portuguesa, meu primeiro grande show!!! Naquele tempo, meados dos anos 70, eu sonhava com o mundo (nem sempre) glamoroso do show bizz, mas como office-boy de construtora e assíduo frequentador da Praça da Bandeira, em Caçapava, sabia que o caminho seria longo…

Lá fui eu com meu querido Pai pra São Paulo começar essa jornada com ingressos comprados, e o caminho já começou com um sufoco… Chovia torrencialmente na Via Dutra e o nosso busão foi jogado na contramão da estrada quase (não) chegando por aqui!!!… Começou bem!!! Hahahahaha. Mas deixa isso pra lá, porque nada de grave aconteceu e meu anjo da guarda já trabalhava forte naquela época.

Voltando a falar de Rick Wakeman, aquele show tinha duas opções, em dois dias diferentes: no primeiro ele tocaria “Journey To The Centre Of The Earth” na parte principal, com a Orquestra Sinfônica de Campinas, um grande Coral e narração de Paulo Autran, com partes de “The Myths and Legends of King Arthur and the Knights of the Round Table” & “Six Wives os Henry VIII” apenas com a banda… No segundo dia, ele trocaria o Centro da Terra pelo Rei Arthur com a orquestra e coral… Optei pelo primeiro!!!

O impacto daquilo foi bombástico… Esqueçam aquela histórica acústica horrorosa e sem a tecnologia dos PAs de hoje, pois ela foi atropelada por um lugar mágico na parte do fundo do stage, onde eu tinha uma visão incrível da orquestra, coral, banda e daquela constelação de teclados!!! Fiquei alucinado… Os olhos brilhavam… A vida nunca mais foi a mesma depois disso…

Somado aos álbuns “The Dark Side of the Moon (Pink Floyd) & “A Night at the Opera” (Queen), foi o meu primeiro empurrão para o mundo do áudio. Claro, para finalizar o “estrago”, o Genesis veio no ano seguinte com “Seconds Out” no Ibirapuera… Não tinha como continuar a ser office-boy de construtora ou ficar vagabundando e alimentando pombos na Praça da Bandeira!!!

No nosso encontro relâmpago no backstage do Teatro Bradesco eu não tive tempo de contar a história dessa influência, definitiva na minha estrada, mas apenas registrar que eu estava lá naquele dia mágico!!! Sem problemas… O momento foi extremamente especial pra mim, e o agradecimento estava no coração e na alma!!!

Thanks a lot Sir Rick Wakeman… Nada seria como é, sem o velho Ginásio da Portuguesa!!!

Até o próximo galera!!!… Abraços.

Terceiro ano de blog… Thanks!!!

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Outubro de 2011!!!… Foi quando essa brincadeira de dizer algumas verdades começou… Pelo menos as minhas verdades… Gostaria de agradecer todo esse espaço, confiança e respeito de todo o crew da Backstage, o que sempre foi muito gratificante, e se depender desse blogueiro aqui, vai continuar sendo por muito tempo. Muito obrigado, de verdade galera.

Resolvi nesse post, escolher e publicar novamente um dos textos que mais gostei de compartilhar nesses três anos e que ainda acho bem atual… Mês que vem, de volta ao material inédito!!!…

Aí vai…

“Mais uma vez no player o Blu-ray “Michael Jackson’s This Is It”… É impressionante como as palavras competência, dedicação e talento tem outro significado depois desse (quase) show… Vou ser repetitivo nesse post, mas tocar nesse assunto é algo extremamente rico… (pode colar esse texto ao post “Comprometimento”)!!!…

Há muito tempo, desde os tempos de boy de construtora, sempre tive o foco em apenas fazer a coisa de maneira certa, ouvindo mais do que falando, tentando ser “o grande entregador de placa e apontador de frequência dos operários nas obras” ou “o melhor datilógrafo de memorial descritivo da cidade”!!!… É claro que isso não se aplica aos meus dias finais no escritório, quando fui demitido por um flagra tocando “Come Taste The Band” do Deep Purple na máquina de escrever em dia de concorrência, dublando meu gravadorzinho K7 Panasonic vermelho com tampinha de acrílico preta, e com uma Basfita 46, reproduzindo o referido álbum!!!…rsrsrsrsrsr.

Mas que besteira esse lance de “o melhor”… Principalmente no mundo do show bizz… Não existe “o melhor”… Nunca existiu!!! É a verdadeira “treva” quem fala o tempo todo na primeira pessoa do singular!!! O procedimento correto é o melhor… Quem progride no mundo do áudio é porque assimilou e seguiu o procedimento técnico (e postura) mais adequado!!!… Ponto!!! O comprometimento com o resultado final deve ser o foco… Seja lá qual for o seu orçamento, as limitações de produção ou inúmeras e (cada vez mais) indescritíveis burrices por aí, faça sempre o seu melhor… A soma do melhor que podemos fazer, cada um na sua, não depende da $$$, depende da essência…

Voltando ao “Michael Jackson’s This Is It”, é um espetáculo o nível de envolvimento em dar o melhor que se pode, em cada acorde, em cada dançarino, músico e engenheiro… O foco é explícito… Tudo é exaustivamente pensado e concebido, para que todos possam no final da soma dos talentos envolvidos, terem a certeza de cada gota de suor em cada momento foi “o céu”!!!… Sem contar a maior quantidade de “por favor” e “muito obrigado” que eu já ouvi num stage…

Selecione com muito critério quem vai ser o seu artista ou banda, e assuma a responsabilidade de fazer o máximo que puder pelo resultado final da tour!!! Show bizz é isso… Somos isso no stage… Ponto!!!… Não acha???… Tudo bem, vai vender zíper, cobrir botões, estudar a reprodução dos anfíbios, fabricar carimbos ou um monte de outras opções dignas que o mercado oferece fora do palco!!!… Simples assim!!!…

Ou “pede pra sair”!!!

Até a próxima, abraço!!!”…